Desenvolver novos produtos e aplicações que atendam ou até mesmo antecipem as necessidades dos clientes é uma das marcas da Aperam. Em 2016, esse jeito de fazer negócios ganhou um reforço com a criação de um grupo que reúne 5 profissionais das áreas Comercial e de Pesquisa com foco em inovação e desenvolvimento de mercado. Conheça um dos projetos em andamento com a equipe responsável pelo desenvolvimento de novas aplicações de inox no agronegócio.
Novos mercados
Não é de hoje que o agronegócio vem contribuindo para o desempenho da economia brasileira. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o setor respondeu por 23% do PIB nacional em 2015 e projeções da Macrométrica indicam crescimento médio de 3% ao ano até 2020 do PIB do Agronegócio brasileiro.
Atenta a esse contexto, a Aperam vê no setor grande potencial e vem desenvolvendo uma série de projetos para aplicações de inox. O pontapé inicial foi dado com uma parceria com a Busa, uma das líderes na produção de implementos agrícolas, transportes e logística. Ainda em 2015, as empresas iniciaram as tratativas para testes com o aço inoxidável 410 em caçambas. Esse aço apresenta em sua composição 11% de cromo e é recomendado para situações onde aconteça corrosão e ou abrasão.
No primeiro semestre deste ano uma caçamba em aço 410, que está sendo desenvolvida, será utilizada em fábricas de extração de óleo de palma, em Tailândia, no Pará. “A Busa é fornecedora do maior produtor do país. Visitamos o local, conhecemos o processo produtivo, e verificamos que as caçambas utilizadas atualmente estão com problemas de corrosão e desgaste. Isso Acontece porque durante o cozimento dos cachos de palma, primeira etapa do processo de extração, elas são submetidas à umidade e alta temperatura. Além disso, durante as etapas de carga e descarga as caçambas sofrem abrasão, em função do contato dos cachos de palma e contaminantes com a superfície do aço” comenta Adolfo Viana da área de Pesquisa e Desenvolvimento. Hoje, a solução adotada pelo segmento para a fabricação das caçambas é o aço carbono, material pouco resistente, com vida útil reduzida, para essas condições e que demanda um alto número de manutenções”, explica Iwao Ishizaki, engenheiro de Aplicação e Desenvolvimento de Mercado. Em média, o modelo atual dura seis anos, mas após um terço desse período já é necessário fazer os primeiros reparos.
Eduardo Rodrigues, diretor comercial da Busa, está otimista. Ele acredita que a nova safra do óleo de palma, com colheita prevista para agosto, já pode contar com alguns modelos de inox. “A estimativa é que a região necessite de 500 a 800 caçambas. Talvez possamos ter uns 30% do modelo novo”, projeta.
A Aperam está desenvolvendo outros projetos de novas aplicações voltada ao agronegócio.
Saiba mais
Mais eficiência energética para transformadores? A Aperam irá lançar este ano o aço elétrico de grão superorientado (HGO), inédito no mercado brasileiro. O HGO é resultado de um investimento de mais de US$ 15 milhões na planta industrial de Timóteo (MG). Confira mais sobre esse aço.