Imagine o famoso edifício da Oca, projeto de Oscar Niemeyer erguido no Parque Ibirapuera, em São Paulo, com o concreto e o cimento dando lugar ao aço inox. Uma miniatura que concretiza esta ideia está entre os destaques da exposição “No lugar mesmo: uma antologia de Ana Maria Tavares”, em cartaz até abril na Pinacoteca de São Paulo.
Na mostra, que reúne outras mais de 160 obras, o aço inox é presença constante. “Esse material é praticamente uma representação da nossa sociedade, que não quer se deixar contaminar, tem um aspecto clínico”, reflete a artista.
Por meio das peças apresentadas na capital paulista, é possível acompanhar toda a trajetória da artista – há peças do início de sua carreira, em 1982, até o momento atual. Segundo ela, trata-se, ainda, de uma oportunidade para se conectar com os três pilares que direcionam seu trabalho: o modernismo, a modernidade e a modernização.
A artista
Ana Tavares possui formações na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP); na escola do Art Institute de Chicago; e na Universidade de São Paulo (USP), onde cursou seu doutorado. Com diversas exposições individuais realizadas no Brasil e no exterior, a artista se destaca pelo diálogo com a arquitetura e pela reprodução de objetos e ambientes cotidianos.
Veja de perto
“No lugar mesmo: uma antologia de Ana Maria Tavares”
Em cartaz até 10 de abril no 1º andar da Pinacoteca de São Paulo (Praça da Luz, 2).
Aberta à visitação de quarta a segunda-feira, das 10 às 17h30.
Ingressos a R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Crianças com menos de 10 e adultos com mais de 60 anos não pagam. Aos sábados, o acesso é gratuito.