O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China, segundo a CervBrasil. Em 2015, foram mais de 13 bilhões de litros. Nesse setor, grandes, médios e pequenos produtores têm algo em comum: a utilização de inox nos processos produtivos.
O segmento de microcervejarias já reúne no Brasil quase 300 fábricas – maioria localizada nas regiões Sul e Sudeste. Em 2015, esse conjunto de marcas artesanais ou premium forneceu ao mercado cerca de 1,3 milhão de litros de cerveja. O volume é pouco perto de toda a produção nacional (concentrada em quatro grandes players). Mas, segundo a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), a produção do setor pode dobrar na próxima década. Quem também vislumbra esse cenário é Douglas da Cunha, representante da Inox do Brasil, empresa sediada em Blumenau, considerada por muitos como a capital brasileira da cerveja. “Neste momento, o mercado das microcervejarias é um dos poucos que não acompanha o viés de queda da economia nacional e tem boas expectativas”, destaca.
Para processar ingredientes como malte, água, lúpulo e leveduras, inúmeros equipamentos vêm sendo construídos com aços inoxidáveis 304 e 304L, que podem ter acabamentos lixado, polido e brilhante. Na comparação com outras alternativas de matérias-primas, o cervejeiro Rafael Patrício considera que o aço inoxidável proporciona o melhor custo-benefício. “No passado era comum ver cozinhas em cobre e até alumínio, mas o inox passou a dominar o mercado. O quesito manutenção faz a diferença”, conta.
Rafael é um dos responsáveis pela produção da cervejaria Brüder, de Timóteo (MG). Criada há cinco anos, a marca se destacou no IV Concurso Brasileiro de Cervejas, promovido em Blumenau (SC) em março.
Especialista Aperam
“O inox se diferencia por sua resistência à corrosão, conformabilidade, neutralidade química e biológica, características que favorecem a conservação das propriedades dos ingredientes e do produto final. Além desses fatores, a baixa rugosidade do aço facilita a limpeza e a menor adesão de bactérias”, afirma Tiago Lima, engenheiro de Aplicação.