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Aperam cria Gerência de Economia Circular para reduzir impacto de suas operações e crescer receita com co-produtos

Propósito da empresa é aliar boas práticas de otimização de recursos ambientais à viabilidade econômica da reutilização de resíduos, materiais e equipamentos
Projeto permitiu transformar lama grossa gerada em um dos processos de produção em um briquete rico em conteúdo metálico que pode ser novamente utilizado como matéria-prima do aço.
Projeto permitiu transformar lama grossa gerada em um dos processos de produção em um briquete rico em conteúdo metálico que pode ser novamente utilizado como matéria-prima do aço. Foto: Elvira Nascimento

Comprometida em mitigar cada vez mais o impacto de suas operações, otimizando o uso de recursos naturais, a Aperam South America acaba de criar uma Gerência de Economia Circular para, entre outros objetivos,  buscar alternativas capazes de agregar valor aos resíduos resultantes do processo de produção do aço e reduzir o desperdício em todas as etapas. 

Atualmente, para cada tonelada de aço, gera-se, na siderúrgica, algo em torno de 1,2 tonelada de subprodutos desses processos, como finos de minério, escórias, rebarbas de bobinas, lamas finas e grossas. Na Aperam, a taxa de reutilização destes materiais como co-produtos hoje está em 92%, e a meta global do grupo é chegar a 97% até 2030.

“Estamos passando por uma mudança profunda de mentalidade. Os recursos naturais estão cada vez mais escassos. Investir em circularidade é uma questão de sobrevivência do negócio e ainda pode ser lucrativo para a empresa. Vamos colocar energia no lugar certo e conseguir resultados ainda mais expressivos”, diz o gerente da nova área, Glautiere Paiva Gomes. 

O diretor de Gente e Gestão da empresa -diretoria à qual a nova área está ligada-, Rodrigo Heronville, reforça o trabalho de mudança cultural necessário para engajar todo o time na transformação do sistema produtivo tradicional em um modelo cada vez mais circular, no qual o reaproveitamento e a redução do desperdício de materiais são regras. “Estamos empenhados em conscientizar as pessoas de que todo resíduo tem potencial de ser trabalhado como co-produto, com ganhos ambientais e econômicos”. Segundo Heronville,  tecnologias inovadoras estão sendo desenvolvidas para a transformação de resíduos inerentes à operação- que antes eram descartados- em co-produtos de expressivo potencial econômico.

Ainda segundo o diretor, a nova gerência deverá ir além do desenvolvimento de co-produtos, tendo como responsabilidade também repensar o uso de equipamentos, máquinas e peças mais antigos que possam ter alguma utilidade para a própria Aperam, em área diferente, ou para o mercado.

Conquistas – Em março deste ano, a Aperam apresentou os resultados de um projeto inédito totalmente inserido na proposta de economia circular.  O trabalho realizado pelas áreas de Suprimentos, Aciaria, Meio Ambiente e Engenharia da siderúrgica permitiu transformar lama grossa do convertedor AOD-L, resíduo de um dos processos de produção de aço inoxidável na Aciaria, em um briquete rico em conteúdo metálico recuperado que pode ser novamente utilizado como matéria-prima na produção do aço. 

Para que o projeto se tornasse realidade, as equipes da Aperam envolvidas formalizaram uma parceria com outras duas empresas: a PH Intralogística e a HpM (Hephaestus Metals Projetos e Equipamentos Ltda) – essas duas últimas formando a joint venture PH&HpM Tecnologias em Economia Circular -, que propiciou a instalação da primeira planta do mundo com esta inovadora tecnologia de briquetagem. Os ganhos observados são expressivos, com aumento da concentração de teor metálico de 55% para 90% na lama gerada na produção do aço inox.

Na área de Redução, outro projeto, também inserido no conceito de economia circular, tem apresentado ótimos resultados. A equipe deu início, em 2021, ao beneficiamento dos finos de minério que eram depositados no pátio da Usina, com o objetivo inicial de comercializar o material. Como o produto gerado no processo de beneficiamento não atendia à faixa granulométrica necessária para venda, os finos passaram a abastecer os altos-fornos como parte da carga metálica, em substituição às cargas tradicionais (minérios e pelotas). O material, até então considerado um passivo ambiental pela empresa, hoje é totalmente reaproveitado no processo de produção do aço.

“Temos outros projetos em andamento envolvendo materiais que são mais difíceis de serem aproveitados. Para isso, trabalhamos junto às universidades, parceiros locais e com as equipes de Controle de Processo da Redução e da Aciaria, principais clientes dos co-produtos”, afirma Glautiere Paiva Gomes.

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