O que nos faz ser Aperam
Do que precisa uma empresa para manter uma atuação consistente por 75 anos? Quais elementos a fazem vencer desafios e a seguir em uma trajetória de crescimento? Certamente podemos pensar em diversas respostas e possibilidades, mas a história da Aperam comprova que a mais importante delas é só uma: as pessoas que passaram por aqui e as que trabalham conosco.
Os empregados têm sido a força motriz para mudarmos para melhor ao longo do tempo, alcançando posição de destaque no mercado com aços especiais feitos a partir de processos industriais eficientes, inovadores e sustentáveis. São as pessoas que colocam a segurança em primeiro lugar, sempre, sem deixar de lado o compromisso com a eficiência e produtividade.
São elas que buscam incessantemente fazer mais e melhor, que têm como combustível a vontade de inovar. Seja na área de pesquisas, em nossas florestas, na manutenção ou nos escritórios, não faltam atitudes que comprovam essa visão.
É por isso que, diante dos desafios mais recentes que estamos vivenciando, tenho a certeza de que é essa a força que nos fará prosperar. Com a atitude e sentimento de dono de cada um, sei que seguiremos escrevendo juntos muitos outros capítulos desta longa história.
Frederico Ayres Lima
Presidente da Aperam South America
Nossos ex-presidentes abrem o livro de memórias
Para contar a história da Empresa, uma organização que vem se reinventando ao longo do tempo, recebemos uma ajuda de peso: depoimentos que reúnem lembranças e memórias de oito ex-presidentes da Empresa. Eles relembram, a seguir, fatos marcantes de suas gestões, além de histórias divertidas e inusitadas.
Bons resultados, mas muitos desafios
“Quando entrei na presidência, a dívida da Empresa era maior que o faturamento anual, o que nos motivou a melhorar a produtividade e renegociar compromissos. Como resultado, conseguimos reduzir a dívida para 25% do faturamento. Além disso, destaco o período de reinício do ciclo democrático, com ocorrência de quatro greves de difícil negociação, em razão dos controles rígidos sobre a gestão de empresas estatais por meio da Secretaria Especial de Controle das Estatais.”
Maurício Hasenclever, presidente da Acesita entre 1985 e 1990.
Era pré-privatização
“Eu havia recebido a missão de conduzir a Empresa nesse período e ela começava com a retirada de todas as influências político-partidárias da gestão. Mantivemos a Acesita funcionando e honrando seus compromissos com empregados, fornecedores, clientes, comunidades e acionistas, em meio a um quadro econômico profundamente alterado pela abertura da economia e pela redução de impostos de importação, que facilitou a entrada do produto importado.”
Antonio Caram, presidente da Acesita entre 1990 e 1992
Em busca de uma Empresa enxuta
“A redução do quadro de pessoal foi a medida mais difícil e amarga que tive que tomar. Sofri bastante para tomar esta decisão, mas me convenci que, mais do que reduzir o quadro, eu tinha que proteger o emprego daqueles que ficariam. Buscando amenizar o impacto que esta medida iria causar, criamos um programa o “Programa de Incentivo ao Desligamento” que garantiu, além dos direitos legais, o pagamento de 0,4 salário por ano de trabalho até o limite de 12,5 salários para o empregado desligado, além do direito à assistência médica por mais seis meses após a rescisão do contrato de trabalho. Definimos também que o meio ambiente faz parte do nosso negócio e, para tanto, investimos em vários programas visando à eliminação de problemas na área.”
Wilson Brumer, presidente da Acesita entre 1992 e 1998
Quando o Brasil impressiona a França
“Quando cheguei à Acesita, percebi que havia muito o que fazer para revelar seu valor. Com a Diretoria e todos os gerentes, trabalhamos na redução de custos e estoques, revisão de processos e investimentos, realinhamento de metas comerciais, sempre favorecendo o ser humano e, em particular, a segurança. Uma das minhas grandes surpresas foi a presença da Fundação Acesita. No contexto francês, ou europeu, isso não existe. Mas rapidamente entendi o valor dessa ferramenta de responsabilidade social para compensar o fracasso das instituições públicas. Decidimos preservá-la e direcioná-la ainda mais para ações de interesse comum entre a empresa, seus empregados e a comunidade local.”
Jean-Yves Gilet, presidente da Acesita entre 1998 e 2001
Em memória a quem fez a diferença
O próximo presidente da Acesita seria Luiz Anibal de Lima Fernandes, entre os anos de 2002 e 2005. Antes disso, foi Diretor Financeiro e “Professor de Brasil” do mandatário anterior Jean-Yves Gilet.
Luiz Anibal, falecido em 2016, foi uma das figuras mais importantes, e carismáticas, da história da Acesita. Como agradecimento e homenagem, relembramos um trecho de seu discurso de despedida da presidência da Empresa, feito em 2005: “a Acesita realmente é um espírito. É o espírito Acesita que faz com que essa Empresa enfrente de maneira solidária todos seus momentos, sejam os momentos bons ou os momentos ruins. Essa é a força que faz nossa empresa ir sempre para frente e para o alto”, disse.
O carinho será para sempre
“Durante meu tempo na Empresa, experimentamos uma mudança significativa no contexto dos acionistas. Acompanhamos a aquisição da Arcelor pelo Grupo Mittal, que permitiu que o grupo ArcelorMittal se tornasse a empresa siderúrgica número um do mundo. Tivemos que apresentar a Empresa, para dar confiança ao Grupo ArcelorMittal e convencê-lo a investir em nossa siderúrgica.
Para mim, uma empresa é como uma corrida de revezamento. Recebemos o bastão um dia e depois o repassamos a outros. Orgulho-me muito de ter pertencido à linhagem de líderes que admiro, como Wilson Brumer, Jean-Yves Gilet, o falecido Luiz Anibal, Paulo Magalhães, Clenio e Frederico Lima. De todas as minhas experiências profissionais, a Acesita foi a mais bonita. A empresa é única, é mágica. É única graças a seus funcionários, que são de notável profissionalismo, energia infinita e maravilhosa abertura. Trabalhar com todos os ACESITANOS foi um prazer sem limites. Ainda hoje tenho muita saudade deles e da empresa!”
Jean Philippe Demael, presidente da Acesita entre 2005 a 2008
Crise mundial chega a Timóteo
“Seguramente, o maior desafio foi o ano de 2009, o pós-crise financeira mundial, que nos obrigou a suspender todos os investimentos aprovados, reduzir drasticamente saídas de caixa de toda natureza e lutar pela manutenção do nível de atividade da Empresa, em um contexto em que nossos clientes ficavam sem novos pedidos. Adicionalmente, carregava comigo a responsabilidade de ser o primeiro empregado a se tornar presidente. Confesso que isto aumentava o peso. Sentia que os empregados estavam preocupados, mas confiantes, por causa de sua força coletiva. Foi assim como conseguimos retomar nosso nível de atividade, que chegou a 95% da nossa capacidade em 2010.”
Paulo Magalhães, presidente da ArcelorMittal Inox Brasil entre 2008 e 2010
Foco total em segurança
“Assumi em meio a uma das maiores crises mundiais e um cenário de muitas incertezas. Porém, o trabalho não deixou de ser diversificado, dinâmico e divertido. Um das maiores conquistas da minha gestão foi ter conseguido a aprovação de dois importantes projetos para a competitividade Aperam: o HGO, que permitiu introduzir um novo aço no portfólio, e o revamping do LB1, trazendo confiabilidade e aumento de capacidade de produção. Também destaco a premiação como uma das Melhores Empresas para se Trabalhar em cinco anos consecutivos, de 2010 a 2014, da revista Você S/A e, ainda, o reconhecimento do trabalho da Aperam no Guia Exame de Sustentabilidade das edições de 2011 e 2013. Outro grande marco foi registrado em 2014: não tivemos nenhum acidente com perda de tempo em toda a Aperam.”
Clênio Guimarães, presidente da Aperam South America entre 2010 e 2014
O sucessor de Clênio é nosso atual presidente, Frederico Ayres Lima. O líder é “prata da casa”: sua primeira experiência na Empresa foi como trainee e ele foi um dos empregados identificados como líderes potenciais. A trajetória de Frederico comprova o sucesso das estratégias de atração, retenção e desenvolvimento de talentos da Empresa.
Nossa linha do tempo
1944
Fundação da Acesita, em 31 de outubro, por Amyntas Jacques de Moraes, Percival Farquhar e Athos de Lemos Rache
1951
Primeira corrida de aço é feita na Aciaria, por meio de um processo industrial chamado Bessemer.
1965
Início da fabricação de inox
1974
Criação da Florestal Acesita S.A., que viria a se tornar a Bioenergia. Início da urbanização de cidades do Vale do Jequitinhonha
1977
Primeiros aços inoxidáveis são produzidos
1980
Acesita investe na formação de seus empregados, criando programas para incentivar o mestrado de profissionais, formação de líderes e intercâmbios técnicos para outros países.
1988
Jornada de internacionalização dos produtos Acesita tem bons resultados, alcançando um índice de exportação de 40% da produção.
1990
Transferência do controle acionário do Banco do Brasil para a iniciativa privada. Começava um período difícil, que prepararia a Empresa para sua total privatização.
1992
Privatização da Empresa
1994
Criação da Fundação Aperam Acesita
1998
Conclusão da quarta expansão e aumento da capacidade produtiva de inox.
2002
Fusão de siderúrgicas europeias culminam no segundo maior conglomerado do setor do mundo, a Arcelor
2007
Lançamento mundial da marca ArcelorMittal. Acesita passa a se chamar ArcelorMittal Inox Brasil.
2009
Crise financeira mundial tem reflexos na produção, fazendo com que a Usina chegasse a operar 30% abaixo de sua capacidade.
2011
Desmembramento oficial do segmento inox do grupo ArcelorMittal, dando origem à Aperam. Unidade Brasil passa a se chamar Aperam South America
2012
Renovação do portfólio de produtos, com a homologação dos aços inoxidáveis duplex e de outros tipos de aço para a indústria petroquímica.
2016
Aperam é premiada pela revista Você S/A como a Melhor Empresa Para Trabalhar no Brasil, na categoria Siderurgia.
2017
Somos a primeira empresa da América Latina a comercializar o HGO, aço elétrico de grão superorientado de alta permeabilidade, o de maior eficiência disponível no setor elétrico.
2019
Aperam lança novo aço inoxidável de alta resistência, o ENDUR, como estratégia para aumentar presença em outros mercados